COMO ERA O BASQUETEBOL EM PORTUGAL NESTA ÉPOCA?
Embora
de forma esporádica, aproveitando circunstâncias especiais que surgiam, a
formação de treinadores ia conquistando o seu espaço e ajudando os
treinadores a aprender e a contactar com novos conhecimentos.
(Bola, 21 agosto 1972)
(Bola,
16 outubro 1972)
Já
que falamos em formação de treinadores, vejamos o que nesta altura pensava
sobre os treinadores o professor Eduardo Nunes numa entrevista a um jornal de
Lisboa.
O Minibasquete vive
um período de grande euforia, sob a condução efectiva e do professor
Mário Lemos, que assumia o papel de mentor de toda a actividade e da sua filosofia.
(Bola,
16 setembro 1972)
O
interesse dos campeonatos regionais é posto em causa, a partir do momento em
que o acesso aos campeonatos nacionais deixa de estar dependente destas
provas. Começa-se a sentir a necessidade de olhar para estas provas de outra
forma e de encontrar alternativas ao modo habitual da sua organização que
parece ficar obsoleta.
(Bola, 2 outubro 1972)
(Bola,
5 outubro 1972)
(Bola, 28 julho 1973)
Os
jornalistas faziam alguns comentários ao público que acompanhava os jogos nos
diferentes locais das provas, felizmente que quase sempre cobertos.
(Bola,
9 outubro 1972)
(Bola,
21 outubro 1972)
A
presença de jogadores estrangeiros, nesta altura quase exclusivamente
americanos, era encarada, em certos casos, de uma forma desajustada, quando
lhes era pedido para desempenharem também a função de treinadores, tarefa
para a qual não estavam preparados nem tinham quase sempre, capacidade para a
desempenhar.
(Bola, 11 dezembro 1972)
Nesta
época coincidiram em Portugal um conjunto de jogadores americanos de
qualidade, mas também muito interessantes no que se refere às suas posições,
sobre o basquetebol e a sociedade.
Foi
isso que foi aproveitado pelo jornalista da Bola Jorge Schnitzer, numa
reportagem que fez sobre a sua estada em Portugal para jogar basquetebol
Eis
algumas passagens.
O
americano do Barreirense, Earnest Killium, numa entrevista a um jornal
desportivo, fez considerações muito interessantes que achámos por bem
assinalar, até porque mostram a vida que eles levavam no nosso país.
(Bola, 30 dezembro 1972)
Seguem-se opiniões de Kevin, jogador do
Ginásio Figueirense
Kit Jones, um dos
mais antigos americanos a jogar em Portugal, que joga agora no Sporting apresentava as seguintes ideias:
Finalmente,
na reportagem que estamos a reproduzir parcialmente, é a vez de Stamford,
jogador da Académica.
|
GENERALIDADES SOBRE O BASQUETEBOL DO ALGÉS
Rui Santos (jogador do Algés) participa no 2º Campeonato da Europa de Cadetes masculinos disputado em Itália (19-29 de Março de 1973), fazendo parte da equipa em todos os jogos.
França – Portugal 73-50
(44-21)
Turquia – Portugal
61-38 (32-20)
Inglaterra – Portugal
48-50 (21-31)
Jugoslávia – Portugal
87-20 (38-11)
Checoslováquia – Portugal 72-66
(33-20)
Suécia – Portugal
62-56 (24-21)
Espanha – Portugal
72-55 (35-25)
Austria – Portugal
52-81 (24-39)
Alemanha – Portugal
85-46 (32-20)
Por sua vez, no feminino,
Antonieta Constantino, jogadora do Algés era convocada para o grupo das
jogadoras de que iria ser formada a selecção nacional feminina.
(Bola, 8 fevereiro 1973)
A equipa de seniores
masculinos do Algés, era, nesta época uma equipa de referência, tal como se
pode constatar no comentário feito no final da época desportiva pelo professor
Eduardo Nunes, no jornal O Século.
Uma frase do Relatório da
Direção relativo ao ano de 1972 manifestava a postura do clube face aos movimentos já bem
enraizados na prática do Basquetebol , onde a maioria dos clubes da 1ª divisão
possuíam jogadores estrangeiros nos seus quadros (maioritariamente americanos):
“Os
resultados alcançados, nomeadamente títulos de campeão, devem ser interpretados
á luz do princípio de que o Algés continua a não acreditar em vantagens sociais
do desporto-espetaculo, que desvia os jovens dos campos para as bancadas sob o
signo do vedetismo, nem nos méritos da fórmula de inclusão nas equipas de
jogadores mercenários, americanos ou outros. Factos recentes demonstram o
bem-fundado da orientação do clube, de se manter intransigentemente amador e no
plano do proveito físico e moral que os atletas tiram da prática das
modalidades”
Por outro lado, a filosofia da Secção de Basquetebol estava espelhada nas notas de abertura do
boletim O Pivot, revelando o enorme entusiasmo que existia entre os seus
elementos, em estreita comunhão com os treinadores das diferentes equipas
(Pivot, outubro 1972)
(Pivot, novembro 1972)
(Pivot, janeiro 1973)
Sendo um clube cheio de
jogadores jovens, tornava-se natural usar o boletim O Pivot para uma diferente
comunicação com os pais desses jogadores. Como estão a ver, a relação com os
pais e as particularidades do seu envolvimento na prática dos filhos não é uma
questão recente…
(Pivot, outubro 1972)
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Mas o clube vivia com dificuldades financeiras e se a
secção queria lançar-se para outras iniciativas, era imperioso encontrar formas
de apoio nesta área. É então criado o Núcleo dos amigos do Basquebeol do SAD
através do qual se conseguiram alguns resultados que, sem serem brilhantes,
foram uma excelente ajuda para algumas das iniciativas lançadas.
(Pivot, outubro 1972)
Efectivamente, o dinamismo da Secção era grande e
procurava-se sempre encontrar forma novas de conseguir promover o Basquetebol e
dar aos jogadores e amigos do Algés motivos para se aproximarem mais do
basquetebol e para gostarem mais da modalidade.
(Século, Junho, 1973 – aniversário)
No espaço de entrada do clube, sobre um chão em que foi
desenhado um campo de basquetebol e em painéis de madeira emprestados pela CMO,
foram apresentadas a todos centenas de fotografias que os treinadores do clube
emprestaram e recolheram das revistas internacionais de que eram assinantes e
que mostravam gestos e acções de elevada qualidade e espectacularidade.
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Entretanto era anunciado o provável abandono de um dos
maiores talentos do Basquetebol do Algés – Carlos Tiago, o que, infelizmente,
veio a confirmar-se.
(Bola, 7 setembro 1972)
O boletim da Secção O PIVOT, que em boa hora fora criado
como forma de comunicação e ligação entre os membros da Secção de basquetebol e
as equipas e os adeptos do clube, vivia momentos difíceis e a sua existência
começava a ser posta em causa pelos seus próprios activistas, face às dificuldades de manter a regularidade da sua publicação.
(Pivot, Dezembro 1972)
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Os jogos da 1ª divisão de seniores masculinos eram por
vezes transmitidos na televisão, na RTP, único canal existente na altura.
O Algés participou em alguns desses jogos o que
constituía um motivo de de entusiasmo para o clube e associados, dado ser um
facto inédito e ainda pouco frequente.
Eis um comentário feito a uma dessas transmissões, na
pena de um dos mais conceituados críticos de televisão dos anos 70.
(Diário, 18 Junho 1973)
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O mesmo jornal Diário, através de Duarte Pimentel, fez um
balanço da época das equipas de seniores masculinos que participavam no
Nacional da 1ª divisão, fase metropolitana, onde destacava o comportamento da
equipa do Algés.
(Diário, Junho 1973)
(Norte Desportivo, 29 de Julho 1973)
Mas avizinhava-se o fim da presença de Jorge Araújo a
treinar os seniores masculinos do Algés. Outros desafios lhe foram colocados e
a sua saída foi inevitável.
O Norte Desportivo, onde Alves Teixeira sempre fora um
grande amigo e admirador do SAD, manifestava a sua tristeza pelo facto que, na altura, estava quase a
consumar-se.
(Norte Desportivo, Julho 1973)
(Bola, 26 julho 1973)
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SENIORES MASCULINOS CAMPEONATO REGIONAL DA ABL
(Bola, 7 setembro 1972)
(Bola, 9 outubro 1972)
(Bola, 12 outubro 1972)
(Bola, 14 outubro 1972)
(Bola, 14 outubro 1972)
O comentário a este jogo dizia o seguinte (Bola, 21 outubro
1972):
“O confronto mais importante foi o Belenenses – Algés. A
partida não foi famosa. Os nervos traíram as duas equipas, especialmente a do
Algés que foi uma pálida sombra da turma que fez a “vida cara” ao Benfica, oito
dias antes. Os azuis tiveram também , a determinada altura, a desclassificação
de Nottingham, mas apesar de tudo justificou-se plenamente o triunfo do
Belenenses.
De anotar os poucos pontos do Algés na segunda parte: dezasseis.Outra curiosidade do jogo: Algés 33 faltas, Belenenses 16 faltas.”
De anotar os poucos pontos do Algés na segunda parte: dezasseis.Outra curiosidade do jogo: Algés 33 faltas, Belenenses 16 faltas.”
(Bola, 28 outubro
1972)
(Bola, 4 novembro 1972)
(Bola, 11 novembro 1972)
(Bola, 18 novembro
1972)
(Bola, 25 novembro
1972)
O Campeonato regional sofreu uma interrupção, disputando-se a segunda volta da prova após o campeonato nacional.
(Bola, 24 maio 1973)
(Bola, 31 maio 1973)
(Bola, 2 junho 1973)
(Bola, 9 junho 1973)
(Bola, 16 junho 1973)
(Bola, 23 junho
1973)
(Bola, 30 junho 1973)
(Bola 5 de Julho 1973)
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(Bola, 8 março 1973)
------------------------ XX ------------------------
------------------------ XX ------------------------
SENIORES MASCULINOS
PROVAS NACIONAIS
(Pivot, Dezembro 1972)
(Bola, 2 outubro
1972)
(Bola, 4 dezembro 1972)
(Bola, 11 dezembro 1972)
(Bola, 18 dezembro
1972)
(Bola, 25 dezembro
1972)
(Bola, 8 janeiro 1973)
(Republica, 8 janeiro 1973)
(Bola, 15 janeiro
1973)
(Bola, 22 janeiro
1973)
(Bola, 29 janeiro 1973)
OUTROS RESULTADOS
Barreirense – Algés – 95-72
Sporting – Algés – 74-46
(Bola, 12
fevereiro 1973)
(Bola, 19 fevereiro 1973)
(Bola, 22 fevereiro 1973)
(Bola, 26
fevereiro 1973)
(Diário, junho 1973)
TAÇA DE PORTUGAL
(Bola, 28 maio
1973)
Taça de Portugal - Quartos de Final
Académico do Porto – Algés - 76-70
(Bola,
28 dezembro 1972)
(Pivot, janeiro 1973)
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----------------------------------------- XX -----------------------------------------
JUNIORES MASCULINOS
(Bola, 16 outubro 1972)

(Pivot, novembro 1972)
ALGUNS RESULTADOS
Algés – CDUL – 52-51
Algés – Oriental – 68-30
Algés – Sacavenense – 100-27
CDUL – Algés – 51-50
Oriental – Algés – 33-99
Sacavenense – Algés – 11-102
(Bola, 28 dezembro 1972)
FASE FINAL DO REGIONAL DA ABL
Meia – Final: Algés – Sporting – 50-44
Final: Algés – CDUL – 61-48
O Algés é campeão regional de Lisboa de juniores
Masculinos
(Seculo, 22 Janeiro 1973)
(Record, Junho 1973)
(Record, 17 janeiro 1973)
(Seculo,
Janeiro 1973)
(Seculo,
Janeiro 1973)
CAMPEONATO NACIONAL - ZONA SUL
Resultados
Algés – Barreirense – 68-44
Algés – CDUL – 72-56
Algés – Os Olhanenses – 70-52
Barreirense – Algés – 57-41
CDUL – Algés – 58-63
Os Olhanenses – Algés – 46-48
Apurados para a fase final nacional: Algés e Barreirense.
(Século, 26 março, 1973)
(Record, 26 março, 1973)
(Século, 2 abril 1973)
CAMPEONATO NACIONAL - FASE FINAL
(Norte Desportivo, 21 abril 1973)
(1º Janeiro, abril 1973)
(Norte Desportivo, abril 1973)
(1º Janeiro, abril 1973)
(Norte Desportivo, abril 1973)
---------------------------------------------- XX ---------------------------------------
(Bola, 26 fevereiro 1973)
(Bola, 28 maio 1973)
A anteceder o jogo Portugal- Inglaterra em
seniores femininos, realizou-se um jogo de juniores em que o Algés participou.
(Bola, 17 fevereiro 1973)
JUVENIS MASCULINOS
(Bola, 16 outubro 1972)
OUTROS RESULTADOS
Benfica A – Algés – 69-24
(Bola, 20 novembro 1972)
(Pivot, novembro 1972)
(Bola, 9 dezembro 1972)
(Bola, 18 dezembro 1972)
(Pivot, Dezembro 1972)
(Bola, 8 janeiro
1973)
(Bola, 15 janeiro 1973)

(Pivot, janeiro
1973)
------------------------------------- XX -------------------------------------
(Bola, 28 maio
1973)
(Bola, 5 julho 1973)
(Bola, 12 julho
1973)
------------------------------------------------------ XX ----------------------------------------------------------
INICIADOS MASCULINOS
(Bola, 15 janeiro 1973)
(Bola, 22 janeiro 1973)
(Bola, 29 janeiro 1973)
(Bola, 5 fevereiro 1973)
(Bola, 12 fevereiro 1973)
(Bola, 19 fevereiro 1973)
(Bola, 26 fevereiro 1973)
SENIORES FEMININOS
(Bola, 12 outubro 1972)
(Bola, 26 outubro 1972)
OUTROS RESULTADOS
Algés – Campo de Ourique – 119-0
Sporting A – Algés B – 25-43
CIF – Algés B – 20-55
Algés B – Encarnação – 71-16
(Bola, 23 novembro 1972)
(Bola, 7 dezembro 1972)
(Bola, 14 dezembro 1972)
(Bola, 21 dezembro 1972)
(Bola, 28 dezembro 1972)
(Bola, 4 janeiro 1973)
(Bola, 18 janeiro 1973)
(Bola, 25 janeiro 1973)
(Pivot, janeiro 1973)
(Bola, 1 fevereiro 1973)
(Bola, 17 março 1973)
(Bola, 22 março 1973)
(Bola, 12 abril
1973)
(Bola, 10 maio 1973)
TAÇA DE PORTUGAL
O Algés participa na Zona Sul, série B apurando-se para a
meia final da prova (Zona Sul)
Algés – Sporting
56-38
Ao vencer o Sporting na Meia-final, o Algés apura-se para a final, que vai disputar-se em 16/junho/1973, na cidade de Leiria.
(Bola, 16 junho 1973)
(Bola, 18 junho 1973)
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--------------------------------------------------------- XX ------------------------------------------------------
CLASSIFICAÇÕES OFICIAIS
Seniores masculinos – 1ª categoria |
3º lugar do regional de Lisboa – Div. Honra
7º lugar do Nacional da 1ª Div – Fase Metropolitana
|
Juniores masculinos
|
Campeão regional de Lisboa
4º lugar na Fase final do Nacional
|
Juvenis Masculinos
|
4º lugar no Regional de Lisboa
Vencedor do Grande Torneio da ABL
|
Iniciados Masculinos
|
Desconhecida
|
Seniores Femininos
|
4º lugar do Nacional – Zona Sul
Finalista derrotado da Taça de Portugal
|
EQUIPAS
Seniores Masculinos – 1ª categoria |
Em cima: Hermenegildo Rego (seccionista) ; Fernando
Sampaio, João Rendeiro, Jorge Araújo (treinador), Mário Sampaio, Henrique Lindo,
Valter Jordão, Sr. Cruz (enfermeiro);
Em baixo: José Neves, Mário Salema (Quita), José
Luis, Jorge Adelino, João Bogalho, Carlos Pessoa Duarte (Betó)
|
Juniores Masculinos |
Em cima: Ramos,
Luciano, Jorge Balsas, Sr. Uva (enfermeiro), Justino (seccionista), Jorge
Adelino (treinador), João Valério, Nuno Pinheiro e Pedro Parreira.
Em baixo: José Pedro, José Luis, Ramalho, José Manuel, Mário Rui e António Pedro |
Juvenis Masculinos |
Iniciados Masculinos |
Seniores Femininos |
Em cima: José Curado
(treinador), Ana Branco, Manuela Luis, Maria Ana, Antonieta, Clara Bugalho, Isabel Coelho, João Edgar
(seccionista), Sr. Uva (enfermeiro);
Em baixo: Lídia Horta, Teresa Fernandes, ???, Natália, ???, Fátima Almeida. |
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