quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Figuras do Passado



Independentemente do género, da época, dos resultados alcançados e da duração da sua participação, cada interveniente que viveu o basquetebol do Algés, ajudou a escrever a história da modalidade no clube

Contudo, figuras há que deixam uma marca mais profunda no registo da vida do clube, reconhecida tanto pelos seus contemporâneos como pelas gerações seguintes, fruto do que foi o seu contributo e pelo impacto da sua intervenção. 

Quisemos valorizar algumas dessas participações, tendo optado por limitar este destaque às figuras de um passado mais distante, certos de que a nossa escolha é absolutamente inquestionável, dado o peso dos nomes que foram escolhidos:

Com isso, quisemos destacar o lugar destas figuras na história do Basquetebol do Algés e relevar os aspectos mais determinantes do percurso individual que realizaram na modalidade e no clube.
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AFONSO GONÇALVES

Afonso Gonçalves é um nome que é imperioso destacar na história do basquetebol do Algés, pelas diferentes funções que desempenhou no clube e pelo reconhecimento que teve, em todas elas, face ao sucesso e à qualidade dessa sua participação.
 
Tal como iremos referir em seguida, viveu durante vários anos posições de destaque como jogador nas equipas do Algés. Depois, iniciando a aplicação de um princípio que vigorou durante vários anos no clube e foi aplicado a muitos jogadores, passou a exercer a função de treinador, onde alcançou também o reconhecimento de todos, chegando a assumir posições de relevo a nível regional e nacional, o que deve ser enaltecido, mesmo atendendo ao fraco panorama da participação internacional que existiu naquele período da história do basquetebol português.
Ainda no âmbito do Algés foi um colaborador assíduo de todas as publicações que o SAD foi criando, iniciando dessa forma uma colaboração que depois foi por si assumida profissionalmente, quando enveredou pela carreira de jornalista especializado em desporto, nomeadamente em duas modalidades ligadas ao clube: a natação e principalmente o basquetebol.

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Procurando apresentar os momentos mais relevantes da sua passagem no Basquetebol do Algés diremos que o primeiro dado seguro que encontrámos dessa sua presença surge quando o seu nome aparece na constituição da equipa de seniores na época de 35/36, sendo importante referir que, certamente, a sua entrada no basquetebol foi feito directamente no escalão de seniores, uma vez que nesta altura não existiam categorias abaixo dos 18 anos e era pelos seniores que todos os jogadores tinham de iniciar a sua participação.


Para além das referências nominais, esta presença é confirmada numa foto da equipa do Algés relativa ao jogo Algés – CUF da Taça Imprensa, competição organizada pelo Ateneu.

 


(Stadium, 13 Maio 1936, em baixo, segundo a contar da direita)
A sua participação como jogador prolonga-se até 1951, quando deixa de jogar, assumindo nessa altura a função de treinador. 
Podemos dizer-se que efectuou um percurso no Basquetebol (sempre no Algés) cheio de momentos altos e de situações de destaque individual, que iremos procurar identificar.
No entanto, antes disso, é importante assinalar que Afonso Gonçalves é mais um exemplo de alguém que adere ao basquetebol depois de ser um nadador de competição do clube, ainda por cima, no seu caso, de reconhecido mérito, situação que se veio a repetir com alguma frequência até aos anos 70.
Como nadador foi uma figura destacada, tendo merecido  mesmo o destaque de ser entrevistado pelo jornal Os Sports de 20 de setembro de 1937.

(Os Sports de 20 de setembro de 1937)


Nessa entrevista, quando confrontado com a sua modalidade preferida, responde que é o Futebol, mas não deixa de indicar que já faz parte da equipa de seniores do clube e aponta, desde logo, alguns dos momentos mais importantes da sua carreira como jogador.

(Os Sports, 20 setembro 1937)


Efectivamente, em 30/Maio/1937 realizou-se o 3º jogo Lisboa – Leiria, em que Afonso Gonçalves surge na equipa B de Lisboa, sendo o melhor marcador da equipa (Os Sports, 4 de Junho de 1937).

 
A sua carreira como jogador não sofreu qualquer interrupção, sendo quase sempre escolhido para representar a Associação de Lisboa mos confrontos entre associações distritais, muito populares naquelas épocas:
A qualidade dos seus desempenhos no Algés levava a que fosse uma referência do basquetebol do clube e o seu jogador mais destacado. É assim que em 22/Abril/1939, no campo do Ateneu, em Lisboa, numa iniciativa a que se chamou de “desporto dos pobres” e que visava angariar fundos para as associações e federações das modalidades menos ricas, é organizado um jogo entre o União Futebol de Lisboa e um misto das outras equipas de Lisboa, na qual participa Afonso Gonçalves, como representante do Algés.
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Ao longo dois anos mantém uma presença regular nas equipas do Algés, encontrando-se bastantes imagens em que se assinala a sua participação como jogador, nomeadamente em fotos publicadas pela imprensa de então.
 
(Sports, 3 Fev 1941, em baixo, o primeiro da direita)
Equipa de seniores do Algés que participou no torneio do CIF~
e que venceu a Taça Leonel Coelho


(Stadium, 23 julho 1941. Em baixo o segundo a contar da direita)

Equipa de primeira categoria do Algés da época 40/41, que, vencendo o Carcavelinhos nos jogos de passagem, ascendeu à Divisão de honra da ABL

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A qualidade de Afonso Gonçalves como jogador surge destacada de várias maneiras nas informações e documentos que encontrámos, devendo colocar-se entre as principais figuras do basquetebol no clube.
Por isso, é com naturalidade que surgem alguns feitos individuais por si alcançados, que eram devidamente destacados pelos jornalistas nos seus escritos, acompanhando o basquetebol nacional

Assim, o jornal Os Sports de 25 de janeiro de 1943, Afonso Gonçalves comete uma proeza pouco frequente na altura de conseguir marcar 29 pontos no jogo que o Algés realizou com o Campo de Ourique, salientando-se ainda a situação de ter sido o autor de todos os 17 pontos conseguidos pela sua equipa na segunda parte do jogo.


(Sports, 25 janeiro 1943)

 

Nesta mesma época (42/43), Afonso Gonçalves confirma os seus dotes de marcador de pontos, sendo o melhor marcador do campeonato regional da divisão de honra da ABL, a principal prova de clubes de lisboa.


(Os Sports, 20 Agosto 1943)

 

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Como já referimos, nestes anos iniciais da existência do Basquetebol em Portugal,l existiam vários confrontos inter-associativos na categoria de seniores, nos quais Afonso Gonçalves surge frequentemente como elemento selecionado. Assim, é escolhido para representar a seleção de Lisboa que vai disputar 2 jogos com a seleção do Porto (Os Sports, 26 Fevereiro 1945)



(Sports , 28 Fevereiro 1945. Em cima, o primeiro da esquerda)

 

(Sports , 28 Fevereiro 1945. Em baixo, o segundo a contar da esquerda)


Na mesma época, mais tarde, organizando-se dois encontros na mesma data, com o Porto e com Setúbal, Afonso Gonçalves integra, desta vez, a equipa B, merecendo essa participação o destaque da comunicação social da altura.


(Stadium, 7 março 1945)

 



(Stadium, 7 março 1945. Em baixo, o primeiro da esquerda)

 
A eficácia ofensiva de Afonso Gonçalves é uma característica proeminente da sua acção em jogo, o que é muitas vezes destacado nos relatos que eram feitos pela imprensa de então.
 
(Mundo Desportivo, 18 abril 1945)
 

 
(Mundo Desportivo, 12 Dezembro de 1945)
Na época 45/46 Afonso Gonçalves ganha mais uma vez um lugar na selecção de Lisboa, sendo acompanhado então de um “jovem” do Algés que começava também a destacar-se (Máximo Couto)
 
 (selecção de Lisboa 1946. Em cima, o primeiro da direita)
O reconhecimento da sua competência enquanto jogador leva a Associação de basquetebol de Lisboa a atribuir-lhe o galardão de sócio de mérito desta instituição, após aprovação na respectiva assembleia-geral.
(Mundo Desportivo, 20 fevereiro 1948)
 
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Quando deixa de jogar (época de 50/51), passa a ocupar o lugar de treinador da 1ª categoria. O relatório da Direcção faz-lhe o seguinte elogio, citando a Secção de Basquetebol:
“Foi dos combatentes que, desde a primeira hora sempre na brecha, mais ajudou a ocupar o lugar que ocupamos. O que não perdemos, felizmente, foi o seu concurso, pois continua a nosso lado, agora como treinador da nossa primeira equipa. Que a sua vontade e o seu querer sirvam de exemplo aos novos”
No ano seguinte, após o que a própria Direcção do clube chama de “ano de ouro do Basquetebol do Algés”, o trabalho de Afonso Gonçalves a conduzir a equipa de seniores é elogiado por todos. A Direcção do clube é a primeira a fazê-lo afirmando no seu relatório anual:
“A nossa equipa principal está bem entregue. O seu treinador, esse prodigioso Afonso Gonçalves, a quem o SAD muito deve, continua, como treinador, uma carreira de jogador que foi das melhores; os elementos de que dispõe são bons, os resultados obtidos foram excelentes e pela continuação do trabalho do treinador e dos jogadores, decerto se tornarão ainda melhores.”
 O reconhecimento do seu trabalho pela Secção de Basquetebol do Algés mantém-se na época seguinte, continuando os elogios ao papel de Afonso Gonçalves , desta vez como treinador da 1ª categoria do clube, assinalando “a boa vontade e eterna dedicação” com que exerce a função.
 
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Surgiam nesta altura os primeiros sinais do reconhecimento da necessidade de formação dos treinadores, tornando-se claro que não era suficiente a experiência de jogador, por muito rica que ela fosse. É por isso que Afonso Gonçalves frequenta o chamado “curso de divulgação dos métodos de ensino do basquetebol e arbitragem”, organização da ABL e vê relevada essa presença com a atribuição do certificado de frequência da citada acção de formação.

(Mundo Desportivo, 27 Dez 1951)
Como treinador, o trabalho realizado no Algés levou a que seja convidado para desempenhar a função de seleccionador nacional, em que veio a dirigir a equipa de Portugal num confronto com a Espanha.
 
(Mundo Desportivo, 30 Dezembro 1956)
 


(Mundo Desportivo, 8 março 1957)
 

Selecção Nacional de seniores masculinos que jogou com a Espanha em 1957

Os dados que possuímos mostram que continuou a exercer a função de treinador das equipas do Algés até 1964/65, dividindo-se entre as equipas de seniores, juniores e infantis (categoria que corresponde aos actuais sub 16).
Nesta última categoria, em 63/64, foi o treinador da equipa que alcançou para o Algés o primeiro título de campeão nacional.

 


Equipa de Infantis Masculinos, campeão nacional
Para quem não o conheceu nem dele ouviu falar, acreditamos que este breve resumo vai ajudar a identificar Afonso Gonçalves nas diferentes facetas com que contribuiu de forma decisiva para alguns dos momentos mais relevantes da história do Basquetebol do Algés.
 

Máximo Couto


Máximo Couto é uma das grandes figuras da história do Basquetebol do Sport Algés e Dafundo.
Contudo, para além do destaque que merece como jogador, treinador e dirigente da modalidade, é de toda a justiça referir que a sua carreira desportiva não se circunscreve ao basquetebol e que viveu uma das maiores honras com que qualquer praticante desportivo sonha: representar Portugal nos Jogos Olímpicos, no seu caso como jogador (guarda-redes) de Polo Aquático.

Máximo Couto está na última fila, sendo o terceiro a contar da esquerda.


Efectivamente, em 1952 integrou a equipa portuguesa de Polo Aquático que esteve em Helsínquia, jogando na posição de guarda-redes, onde para além da sua qualidade técnica beneficiava da sua estatura, chegando a ser reconhecido como um dos melhores atletas nesta função.

Nesta edição dos jogos olímpicos, à honra da participação juntou ainda o facto de ser escolhido para porta-bandeira no desfile da equipa portuguesa.


É curioso assinalar que esta participação foi feita pouco tempo depois de ter conquistado a internacionalização em Basquetebol, nos europeus de Paris de 1951, o que expressa bem a diversidade das suas qualidades como atleta.

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A primeira referência que temos sobre a participação basquetebolística de Máximo Couto é numa fotografia clássica do Algés, durante muitos anos pendurada nas paredes da Secção do Clube mas entretanto desaparecida, identificada depois no Boletim do SAD dos 50 anos do clube e que mostra uma equipa de infantis de 1936, data em que este escalão ainda não era oficial e em que a existência de equipas antes do escalão de seniores começavam a ser falada. Máximo Couto teria então 13 anos.




 
O jornal Os Sports de 17/julho/1939 noticia a realização de um jogo de juniores Algés – Pedrouços, em complemento a um “festival” de jogos de seniores, em que o nome de Máximo Couto surge na equipa do Algés.

(Os Sports, 17/julho/1939)


O percurso habitual da formação dos jogadores, seguia depois o seu rumo, iniciando-se a participação nos seniores numa das categorias inferiores.

Tal como relata o jornal Os Sports de 28 Janeiro 1942, Máximo Couto integra a equipa da segunda categoria do Algés.

(Os Sports de 28 Janeiro 1942)


A época de 43/44 representa um marco na carreira de Máximo Couto como jogador dos seniores do Algés, conseguindo o acesso à equipa de honra (1ª categoria)

(Os Sports, 17 Novembro 1943)


A organização táctica das equipas era então muito diferente da actual. Em novembro de 1943 Máximo Couto era referenciado como "defesa, que, mesmo assim, marcava pontos no ataque da sua equipa".

(Os Sports, 24 Novembro 1943)

 

Na época 45/46 Máximo Couto é convocado para a equipa de Lisboa que participa em vários encontros com equipas representativas das principais associações distritais de então. O seleccionador é Manuel Quaresma.

(Máximo Couto é o jogador mais alto. De pé, ao meio)

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Um facto de que temos pouca informação faz interromper durante algum tempo a carreira de Máximo Couto no basquetebol do Algés, quando tem de se deslocar para o Brasil, tendo sido feita uma homenagem por parte do clube e dos seus companheiros de equipa.

(Mundo Desportivo, 2 fevereiro, 1949)

 

Pelo que a história demonstra, a sua ausência dura pouco tempo e, regressado a Portugal, retoma a sua actividade no Sport Algés e Dafundo.

O ano de 1951 constitui um marco importante tanto para o basquetebol português como para o Algés e, naturalmente, também para Máximo Couto: a primeira participação portuguesa num Campeonato da europa, mesmo que a convite da organização.

Esta participação levou à organização de alguns torneios de preparação em que Máximo Couto participou como representante da selecção de Lisboa.


(Mundo Desportivo, 30 março 1951)

 




(Mundo Desportivo, 2 abril 1951)


 Máximo Couto começava a ganhar destaque na equipa de Lisboa, aumentando com isso a possibilidade de vir a integrar a equipa nacional.

(Mundo Desportivo, 4 abril 1951)

 
A participação da equipa portuguesa no Campeonato de Europa era preparada conforme as possibilidades de então, para o que foram escolhidos os melhores jogadores do país, em cujo grupo se encontrava Máximo Couto, juntamente com outro jogador do Algés, seu companheiro de equipa, Mário Almeida.



(Mundo Desportivo, 23 abril 1951)

 

 



(Mundo Desportivo, 27abril 1951)


Como curiosidade, deixamos alguns dados dessa participação portuguesa, realizada a convite dos organizadores (França)
 
7º CAMPEONATO DA EUROPA – PARIS, 1951
Mário Almeida e Máximo Couto, jogadores do Algés, integram a seleção nacional.

RESULTADOS
4/maio/1951, Portugal – Grécia - 35-81 (15-38 ao intervalo)
7/maio/1951, Portugal – Bulgária - 32-77 (15-34 ao intervalo)
8/maio/1951, Portugal – Austria - 31-43 (14-26 ao intervalo)
9/maio/1951, Portugal – Suiça - 52-49 (28-31ao intervalo) – Primeira vitória internacional de Portugal em Basquetebol.
10/maio/1951, Portugal – Alemanha - 39-47 (20-31 ao intervalo)
11/maio/1951, Portugal – Dinamarca - 39-46 (24-18 ao intervalo)


Durante esta competição, Máximo Couto chegou a ser o capitão da equipa portuguesa.
 

Mário Almeida e Máximo Couto com a camisola de Portugal

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Embora com a sua carreira de jogador em pleno desenvolvimento, Máximo Couto começava já a dar sinais de que queria assumir também a função de treinador, tendo frequentado o curso denominado de “divulgação dos métodos de ensino do basquetebol e da arbitragem”, realizado em Lisboa.

(Mundo Desportivo, 27 Dez 1951)

 
Perante todos estes factos, é com alguma naturalidade que, no aniversário do clube no ano seguinte, os troféus dos habituais torneios de basquetebol receberam os nomes dos recentes internacionais, a que se juntou o nome de um outro jogador da equipa de seniores, que ocupava uma posição de destaque no seio do grupo (Vasco Carrelhas).


(Mundo Desportivo, 16 junho de 1952)

 

(Mundo Desportivo, 20 junho 1952)

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Em 52/53 Máximo Couto inicia a sua carreira de treinador, começando por orientar a preparação da equipa de juniores do Algés, equipa esta que é treinada por si durante 2 anos. Em 54/55 começa um primeiro período como treinador dos seniores do Algés, que vai prolongar-se até 62/63.
Neste intervalo, em que a equipa do Algés apresentou sempre um jogo de elevada qualidade, a época de 59/60 foi aquela em que os resultados acompanharam essa mesma qualidade, subindo à Divisão de Honra de Lisboa após vencer o campeonato regional da 1.ª Divisão e vencendo também o Campeonato Nacional da 2ª Divisão, ao qual se acedia em função dos resultados das provas regionais.
Segundo alguns jogadores (por exemplo, Fernando Brites) que foram treinados por si nesta altura, Máximo Couto era um treinador que beneficiou muito da sua presença em França no Campeonato da Europa, não apenas pelo que viu às equipas participantes, como pelas ligações que a partir dessa data foi construindo e que o foram enriquecendo do ponto de vista técnico. Um dos aspectos que foi salientado por quem, nessa altura, foi treinado por Máximo Couto, era a exigência que sempre colocava na necessidade dos jogadores realizarem movimentos e gestos com toda a correcção técnica.



(Norte Desportivo, 17 janeiro 1960)


(Norte Desportivo, 17 janeiro 1960)


Como consequência destes excelentes resultados, Máximo Couto e a sua equipa foram louvados pela Direcção do Sport Algés e Dafundo.


(Mundo Desportivo, 13 maio 1960)


Num artigo publicado no Boletim do Sport Algés e Dafundo (setembro de 1960), que era assinado por Afonso Gonçalves, surge uma caricatura de Máximo Couto a ilustrar um texto em que se elogia o papel que desempenhou como treinador das equipas do Algés.
 

 


(Boletim SAD, setembro 1960)

 
O papel do treinador tinha começado a ganhar um lugar de maior relevo na qualidade dos jogadores e das equipas. No jornal Mundo Desportivo faziam-se alguns comentários pertinentes, associando a qualidade do jogo verificado com a formação dos treinadores das equipas, apelando à urgência do aparecimento de cursos de treinadores, o que, felizmente, veio a ser concretizado, salientando-se o papel interveniente de Máximo Couto neste movimento.

(Mundo Desportivo, 31 dezembro 1962)



(Mundo Desportivo, 18 de março de 1963)


A qualidade do seu trabalho com as equipas do Algés levou a que a Associação de Basquetebol de Lisboa viesse a convidar Máximo Couto para seleccionador regional de juniores masculinos.

(Mundo Desportivo, 9 janeiro 1963)

 
Em 68/69, depois de alguns anos de afastamento, regressa ao Algés e à equipa de seniores masculinos, a convite da Secção de Basquetebol de então, e encontra uma outra equipa de jovens jogadores que são por si dirigidos durante 2 épocas e meia.
 
 

 
(seniores masculinos do Algés, época 70/71)

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Abandonando a função de treinador, não fica muito tempo sem intervir na modalidade, candidatando-se e sendo eleito para o lugar de Presidente da Federação Portuguesa de Basquetebol.
Máximo Couto assume assim uma nova etapa na sua ligação ao Basquetebol.
Em 28 de março de 1971, a sua equipa é eleita para dirigir o Basquetebol Português e assim definir o caminho do seu desenvolvimento.

 
(A Bola, 29 de Março de 1971)


No número 1 do boletim da Secção de Basquetebol O PIVOT, Máximo Couto, já como Presidente da Federação Portuguesa de Basquetebol, dá uma entrevista onde, para além de traços gerais da sua história pessoal, mostra a sua perspectiva para a vida da modalidade no clube e mesmo para a forma como o desenvolvimento do Basquetebol, a nível nacional se deve processar

  
 
(Pivot, 1 de outubro 1971)

 
A sua passagem pela Direcção da Federação Portuguesa de Basquetebol dura cerca de 11 anos, cabendo-lhe a tarefa de dirigir a modalidade durante o período da revolução de Abril. Eis uma entrevista que deu ao jornal A Bola em que mostra grande entusiasmo pelos passos que estavam a ser dados sobretudo no crescimento que estava a acontecer.

 
 

(Bola, 25 outubro 1975)


Mais tarde, já à guisa de balanço do que foi feito durante o seu mandato, Máximo Couto dá uma entrevista na revista Basket.


(revista Basket, Fev – Mar 1981)
 

O último documento que encontrámos sobre a sua passagem na FPB foi esta entrevista ao jornal Record, em véspera de um grande evento que aconteceu em Portugal – Campeonato da Europa de seniores masculinos, grupo B – que decorreu em Lisboa e no Porto, com uma organização que mereceu os mais rasgados elogios dos participantes.

O título da entrevista assinala a forma "dominadora" como exercia as funções que teve de desempenhar, controlando todos os pormenores de que podia depender o sucesso da sua função.


(Record, 26 março 1982)

Acreditamos ter conseguido fazer um resumo objectivo da vida desportiva desta grande figura do Basquetebol no Sport Algés e Dafundo, cingindo-nos aos factos e aos documentos que conseguimos encontrar e que nos parecem suficientemente demonstrativos da riqueza com que Máximo Couto viveu os muitos anos que dedicou ao Basquetebol Nacional e, muito em particular, ao Sport Algés e Dafundo.