COMO ERA O BASQUETEBOL EM PORTUGAL NESTA ÉPOCA?
Estavam a começar
os campos de férias, com iniciativa de
algumas marcas de artigos de desporto.
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Entretanto, em dois quadros retirados de um comunicado da ABL, podemos encontrar informação muito interessante sobre a implantação do Basquetebol na sua área de intervenção (distrito de Lisboa), com elementos curiosos para analisarmos a evolução verificada nas últimas 5 épocas.
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GENERALIDADES DO BASQUETEBOL DO
ALGÉS
Relatório da Direção 1989
“ O relatório que a Secção de basquetebol apresenta
corresponde ao fechar de um ciclo de 9
anos. Entende esta secção que é chegada a hora de dar lugar a novos elementos
que tragam para a secção novas ideias, novos métodos, sempre na mira de uma
melhoria da modalidade no SAD.
No início deste período de 9 anos, as equipas do clube
tinham a sua atividade dispersa por vários recintos alheios ao clube. Hoje
temos um pavilhão que dia a dia vai sendo melhorado, faltando neste momento,
apenas concluir as cabinas e respetivos balneários. O campo da Rua de Olivença
foi finalmente melhorado, após um período de algum abandono. O campo da
piscina, com o novo piso e a colocação das tabelas já permite treinar,
descentralização um pouco a utilização do pavilhão".
·
10 campeonatos nacionais
·
25 campeonatos regionais
·
5 taças de Portugal
·
Vários torneios de abertura e de encerramento conquistados
·
Inúmeras competições particulares em que o clube participou
·
Clube com o maior número praticantes
inscritos na federação
·
Primeira participação numa competição
europeia
·
Deslocações a França, Espanha e Moçambique
Num documento de informação para os jogadores da equipa
de iniciados do clube encontrávamos alguns princípios que eram característicos
do basquetebol do Algés
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O Algés disputa a final do regional de juniores
(Record, 5 junho 1989)
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Torneio Internacional de Gaia
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Se a classificação da equipa A no campeonato regional é naturalmente boa, deve ser também realçado o lugar alcançado pela equipa B do Algés: 6º lugar.
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Como é habitual, a ABL organizou um Grande Torneio para final de época, prova aberta aos escalões de Juniores e Cadetes. As juniores do Algés obtiveram o 2º lugar, imediatamente à frente da equipa de cadetes do clube.
(Diário, 1 Dezembro 1988)
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INICIADOS FEMININOS
A equipa de iniciados A do Algés ganhou o Torneio Aberto da ABL para esta categoria, tendo a equipa B alcançado o 7º lugar da prova.
SENIORES MASCULINOS
PROVAS NACIONAIS
ALGUNS RESULTADOS
Algés – Seixal – 55-78
Farense – Algés – 97-76
Algés – TAP – 65-85
Algés – Barreirense – 58-59
Algés – Atlético – 72-71
Queluz – Algés – 103-69
Barreirense – Algés – 122-46
Algés – Scalipus – 94-59
TAP – Algés – 67-47
Algés – Atlético – 52-59
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JUNIORES MASCULINOS
ALGUNS RESULTADOS
Algés – CDUL – 124-30
(Bola, 22 dezembro 1988)
OUTROS RESULTADOS
Barreirense – Algés – 71-70
(Bola, 4 junho 1989)
(Bola, 5 junho 1989)
(Record, 5 junho 1989)
Participação no Torneio Internacional Cidade de Lisboa,
organizado pedo Atlético C. Portugal.
(Bola, 22 dezembro 1988)
No folheto de apresentação do torneio do Atlético era
apresentado um texto de caracterização de cada equipa e do clube a que pertence.
(Bola, 29 dezembro 1988)
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Vencedor: Algés
Participantes: Algés, Benfica, Gaia, Selecção de cadetes.
(Bola, 13 outubro 1988)
CADETES MASCULINOS
(Diário, 1 dezembro 1988)
O Algés chegou à final do regional de cadetes masculinos,
sendo depois apurado para o campeonato nacional, zona sul.
(Bola, 22 dezembro 1988)
INICIADOS MASCULINOS
O Algés apresenta 2 equipas de iniciados (A e B)
Um folheto para os jogadores resume a época vivida.
RESULTADOS ALCANÇADOS
(Diário, 1 Dezembro 1988)
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Convocações para a selecção regional de iniciados da ABL
que iria participar no Torneio inter-selecções distritais
(Comunicado ABL , 22 março 1989)
Nesta época realiza-se um torneio muito especial cujo
nome traduz, desde logo, as suas principais características.
O TORNEIO “NÓS GOSTAMOS DE BASQUETEBOL”
Mas vejamos o que sucedeu
Na Associação de Basquetebol de Lisboa
preparava-se a fase final do campeonato regional de iniciados masculinos
(rapazes de 13-14 anos de idade) e na reunião de organização daquelas semanas
finais para as 6 equipas apuradas, surgiram alguns problemas relacionados com a
arbitragem que impedia a normal realização dos jogos.
Os dirigentes associativos mostravam-se
nervosos, ao sentirem-se num beco que julgavam não ter saída Na reunião estavam
presentes alguns dos maiores clubes da sua área de intervenção e antevia-se uma
paragem no andamento normal da prova.
Estava em causa a definição do campeão e o apuramento para o campeonato nacional do representante de Lisboa.
Os treinadores presentes não se conformaram com aquele cenário de paragem e rapidamente puseram mãos à obra. Para eles, em causa estava sim a necessidade de continuar a atividade e manter a relação treinos-jogos essencial para a formação dos jogadores. A isto juntou-se mais tarde a vontade de demonstrar que é possível realizar uma atividade mobilizadora e interessante para todos, distinta das tradicionais fases finais dos campeonatos regionais.
Não foi possível sentir a alegria de ver todos os 6 clubes apurados para a fase final aderirem a este desafio. Uma das equipas decidiu não participar argumentando “dificuldades internas”. Porém as restantes cinco resolveram avançar.
Quais os elementos mais salientes da organização deste torneio?
Cada clube iria organizar no seu campo uma jornada, tendo sido definido que cada treinador deveria mobilizar os elementos da equipa para participarem ativamente na preparação desse dia. No final, iria ser escolhido o clube que melhor recebeu os adversários e organizou cada sessão com mais cuidado e inovação.
Independentemente dos benefícios trazidos por esta mobilização e pela participação empenhada dos jogadores e mesmo de outros jovens a eles ligados, foi extremamente interessante, por exemplo, chegar ao campo de um dos clubes organizadores e ver um elemento da equipa que nesse dia era a anfitriã da organização, a esperar cada um dos seus adversários e tentar acolhê-los da forma mais simpática e orientadora, entregando uma pasta com informações da organização.
Cada clube teria de encontrar árbitros e oficiais de mesa para os jogos, devendo fazê-lo entre os jogadores mais velhos do clube.
Todos os jogadores teriam de participar na competição. As equipas com mais elementos teria de encontrar e propor uma solução de forma a que esta regra fosse cumprida, havendo o compromisso dos outros clubes de aceitarem essa proposta.
Desde o primeiro dia que se iniciou a mobilização para uma festa final, em que todos os clubes colaboravam de alguma maneira. Nesse dia foi delicioso comer um bolo enorme, alusivo ao torneio, confecionado por um dirigente de um dos clubes envolvidos mais ligado a estas atividades da cozinha, que veio adocicar ainda mais o convívio final, para o qual foi convidado um dos treinadores portugueses de maior nomeada (Hermínio Barreto) para falar aos jogadores. Neste convívio final participaram jogadores, dirigentes, pais e treinadores de todas as equipas.
A última jornada teve uma forma diferente de organização, com a realização de jogos entre equipas formadas por jogadores dos diferentes clubes participantes, escolhidos e indicados dentro de cada equipa, em que a qualidade do desempenho já alcançado até essa etapa da sua formação era o fator seletivo.
Claro que, após o trabalho de preparação levado a cabo e a forma empenhada, entusiasmada e mobilizadora que todos revelaram, o torneio só poderia ter-se chamado NÓS GOSTAMOS DE BASQUETEBOL
Ainda hoje, sabe bem encontrar, já adultos, alguns dos intervenientes nesta forma diferente de realizar provas de iniciados e, com um sorriso de satisfação nos lábios, recordar algumas das passagens desses dias e de tudo o que rodeou a organização daquela prova.

Estava em causa a definição do campeão e o apuramento para o campeonato nacional do representante de Lisboa.
Os treinadores presentes não se conformaram com aquele cenário de paragem e rapidamente puseram mãos à obra. Para eles, em causa estava sim a necessidade de continuar a atividade e manter a relação treinos-jogos essencial para a formação dos jogadores. A isto juntou-se mais tarde a vontade de demonstrar que é possível realizar uma atividade mobilizadora e interessante para todos, distinta das tradicionais fases finais dos campeonatos regionais.
Não foi possível sentir a alegria de ver todos os 6 clubes apurados para a fase final aderirem a este desafio. Uma das equipas decidiu não participar argumentando “dificuldades internas”. Porém as restantes cinco resolveram avançar.
Quais os elementos mais salientes da organização deste torneio?
Cada clube iria organizar no seu campo uma jornada, tendo sido definido que cada treinador deveria mobilizar os elementos da equipa para participarem ativamente na preparação desse dia. No final, iria ser escolhido o clube que melhor recebeu os adversários e organizou cada sessão com mais cuidado e inovação.
Independentemente dos benefícios trazidos por esta mobilização e pela participação empenhada dos jogadores e mesmo de outros jovens a eles ligados, foi extremamente interessante, por exemplo, chegar ao campo de um dos clubes organizadores e ver um elemento da equipa que nesse dia era a anfitriã da organização, a esperar cada um dos seus adversários e tentar acolhê-los da forma mais simpática e orientadora, entregando uma pasta com informações da organização.
Cada clube teria de encontrar árbitros e oficiais de mesa para os jogos, devendo fazê-lo entre os jogadores mais velhos do clube.
Todos os jogadores teriam de participar na competição. As equipas com mais elementos teria de encontrar e propor uma solução de forma a que esta regra fosse cumprida, havendo o compromisso dos outros clubes de aceitarem essa proposta.
Desde o primeiro dia que se iniciou a mobilização para uma festa final, em que todos os clubes colaboravam de alguma maneira. Nesse dia foi delicioso comer um bolo enorme, alusivo ao torneio, confecionado por um dirigente de um dos clubes envolvidos mais ligado a estas atividades da cozinha, que veio adocicar ainda mais o convívio final, para o qual foi convidado um dos treinadores portugueses de maior nomeada (Hermínio Barreto) para falar aos jogadores. Neste convívio final participaram jogadores, dirigentes, pais e treinadores de todas as equipas.
A última jornada teve uma forma diferente de organização, com a realização de jogos entre equipas formadas por jogadores dos diferentes clubes participantes, escolhidos e indicados dentro de cada equipa, em que a qualidade do desempenho já alcançado até essa etapa da sua formação era o fator seletivo.
Claro que, após o trabalho de preparação levado a cabo e a forma empenhada, entusiasmada e mobilizadora que todos revelaram, o torneio só poderia ter-se chamado NÓS GOSTAMOS DE BASQUETEBOL
Ainda hoje, sabe bem encontrar, já adultos, alguns dos intervenientes nesta forma diferente de realizar provas de iniciados e, com um sorriso de satisfação nos lábios, recordar algumas das passagens desses dias e de tudo o que rodeou a organização daquela prova.

Equipa B de iniciados masculinos do Algés
(Bola, 3 abril 1989)
INFANTIS MASCULINOS
No 1º Torneio Aberto o Algés ficou em 4º lugar, tendo descido para a 5ª posição no 2º Torneio Aberto da ABL.
(Diário, 1 Dezembro 1988)
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SENIORES FEMININOS
(Bola, 8 outubro
1988)
ALGUNS RESULTADOS
Algés – Estrelas da Avenida – 48-84
CDUL – Algés – 41-42
Algés – Olhanense – 75-49
(Bola, 16 abril 1989)
(Bola, 17 abril 1989)
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JUNIORES FEMININOS
No Torneio de Abertura da ABL, o Algés ficou em 3º lugar.
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CADETES FEMININOS
(Diário, 1 Dezembro 1988)
Como é habitual, a ABL
organizou um Grande Torneio para final de época, prova aberta aos escalões de
Juniores e Cadetes. As cadetes do Algés obtiveram o 3º lugar, imediatamente a seguir à equipa de juniores do clube.
INICIADOS FEMININOS
A equipa de iniciados A do Algés ganhou o Torneio Aberto da ABL para esta categoria, tendo a equipa B alcançado o 7º lugar da prova.
(Diário, 1 Dezembro 1988)
(Bola, 17 junho 1989)
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CLASSIFICAÇÕES OFICIAIS
Seniores masculinos – 1ª categoria
|
Desconhecida |
Juniores masculinos
|
2º lugar do campeonato regional de Lisboa
3º lugar no campeonato nacional
|
Juvenis Masculinos
|
2º lugar do campeonato regional de Lisboa
3º lugar no campeonato nacional
|
Iniciados Masculinos
|
Campeão regional de Lisboa
|
Infantis Masculinos
|
4º lugar no regional de Lisboa
|
Seniores Femininos
|
4º lugar do campeonato nacional da 1ª divisão
|
Juniores Femininos
|
3º lugar do campeonato regional de Lisboa
|
Juvenis Feminino
|
2º lugar do campeonato regional de Lisboa
|
Iniciadas Femininos
|
Campeão regional de Lisboa
2º lugar no Torneio Nacional
|
EQUIPAS
Juniores Masculinos |
Ricardo
Carvalho, João Gilberto, Miguel Costa, Alexandre Silva, Fernando Reis, José Júlio,
Paulo Carvalho, Nuno Alves, Nuno Teixeira, Jorge Santarém, Alexandre Pires, Carlos
Coelho, Pedro Vinha, Nuno Dias, Rodrigo Cerca, José Barbosa
|
Iniciados Masculinos A |
Em cima: Nuno Baptista, Luis Silva, Nuno
Ramos, Nuno Filipe, Ricardo Cardoso, Robert Wysocki
No meio: Nuno Lage, Frederico Cruz, Hugo
Ferreira, Marco Brandão, Pedro Pimenta, André Coelho
Em baixo: Nuno Amaral, João Nuno, Nuno
Vasco, Paulo Ferreira, João Moura, Alexandre
|
Infantis Masculinos |
|
Seniores Femininos |
|
Silvi, Paula Guimarães, Madalena Almeida, Sandra,
Sofia Leitão, Susana Coutinho, Cristina Praia, Paulinha, Paula Isabel, Teresa
Branco, Xana, Mónica
|
Cadetes Femininos |
Em cima: Dora Nunes, Cláudia, Marta Atalaya, Vanessa Costa, Alexandra
Anjos, Patrícia;
Em baixo: Maria José Silvestre, Carla Sofia Afonso, Ana Maria Goulart,
Ana Catarina Esteves, Ana Luísa Sanchez, Mónica Sungo.
|
Iniciadas Femininos A |
Em cima: Paula Shirley (treinadora), Carla Sá, Patricia
Alfarelos, Rosa Barbosa, Daniela Teixeira, Ana, Maria João Guerra.
Em baixo: Paula Lopes, Cláudia Mota, Mafalda Fogaça, Joana
Silva, Sandra Sousa, Sandra Lisboa e Rita Galacho.
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