segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Clube de Valores e de Princípios

TEMAS ABORDADOS
  • Características do Basquetebol no Algés
  • Filosofia de acção
  • Uma visão do exterior
  • Código de valores
  • Prémios
  • Uma escola de Basquetebol
  • Participação dos jogadores
  • Prática ao ar livre
  • Componente social
  • As famílias no Basquetebol
  • Rivalidade Basquetebol-Natação

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Os traços que apresentamos em seguida são considerados características gerais do Basquetebol no clube, que passaram de geração para geração e que, de certo modo, definem a sua prática ao longo dos anos.
Contudo, temos de admitir que essas mesmas características podem assumir maior ou menor significado e importância em determinados momentos da história do Basquetebol no clube, variando com as circunstâncias do momento.
Trata-se, no entanto, de uma linha geral, de uma tendência constante que encontrámos em todos os momentos.
 
Quais são alguns destes TRAÇOS que

CARACTERIZAM o Basquetebol do Algés:

·       Forte envolvimento social e de relacionamento afectivo entre os membros da secção, particularmente entre os jogadores, constatando-se uma forte e intensa proximidade afetiva e de comunicação entre todos;
·       Conhecimento mútuo e mesmo aproximação entre os jogadores das várias equipas, acompanhando as actividades dos diferentes grupos, os seus treinos, os seus resultados competitivos e as perspetivas que se vão criando nas possibilidades das várias equipas;
·       Boa relação entre todos os praticantes, criando-se laços de amizade fortes, que muitas vezes perduram para a vida;
·       Defesa de valores educativos e comportamentais de todos os seus elementos, tendo havido, ao longo dos anos, figuras que sempre assumiram a função de guardiões destes valores junto dos mais novos e dos que só então chegam ao clube;
·       Existência de locais e oportunidades de encontro entre os vários membros da Secção, o que permite o convívio e a aproximação muito para além dos momentos de treino e de jogo;
·       Os treinadores são normalmente e na sua maioria recrutados entre os jogadores do clube, seja dando oportunidade a quem pretende exercer a função, seja por convite formulado a quem parece demonstrar alguma sensibilidade e jeito para a função;
·       Defesa e recurso, ao longo dos anos, da prática do basquetebol ao ar livre, como elemento essencial para a vida do Basquetebol no clube;
·       Preocupação de acompanhar os jogadores pelos treinadores e dirigentes, para além dos aspectos técnicos do jogo, havendo intervenção e  acompanhamento  em questões escolares e comportamentais;
·       A grande maioria dos jogadores faz um percurso longo no clube, mudando de escalão etário à medida que se verifica o aumento da sua idade. A chegada ao escalão de seniores é o momento onde diferentes factores, próprios da prática e de questões particulares de cada um, limitam e interrompem a continuidade de muitos deles;
·       Apelo e efectiva colaboração dos jogadores nas actividades do clube, criando-se e fomentando-se a ideia de participação naquilo que lhes diz respeito;
·      Ser um clube de formação. Apesar de, por vezes, ter conseguido atingir os patamares de topo do Basquetebol Nacional no escalão de seniores, tanto em masculino como em feminino, o Algés sempre teve uma dedicação especial à formação de jogadores, logo a partir do minibasquete e percorrendo todas as etapas dessa formação;
·       Espírito de iniciativa permanente – o Algés liderou e foi pioneiro em muitas iniciativas;
·       Existência de treinadores que constituíam figuras de referência para os restantes treinadores;

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Num documento da Secção de Basquetebol que não conseguimos datar, mas que reportamos ao início do século XXI, é possível encontrar alguns destes sinais, que sustentam a FILOSOFIA DE ACÇÃO do Basquetebol do SAD.

 
                                          SPORT ALGÉS E DAFUNDO
BASQUETEBOL
SECTOR DE FORMAÇÃO

FILOSOFIA

As principais características do basquetebol do Algés sempre foram o amadorismo e a formação de jogadores. Nesta fase da vida do clube torna-se imperioso enveredar também pela formação de treinadores.

Ao nível do jogo, o nosso basquetebol sempre se centrou na qualidade da pressão defensiva (muitas vezes em todo o campo) e na procura de situações de vantagem numérica na transição defesa-ataque (contra-ataque).

Outra das características mais interessante e importante era a grande quantidade de jovens que compunham as nossas equipas de minibasquetebol, iniciados e até cadetes, de onde se fazia uma selecção natural ao longo dos anos.

Hoje estas características do passado são os objectivos do presente, ou seja, é necessário novamente:

·        Atrair os jovens para as nossas equipas mais novas, usando para isso todo o tipo de meios que possibilitem que a comunidade conheça o basquetebol do clube.
·        Constituir nos escalões mais novos o maior número de equipas que nos seja possível gerir com qualidade.
·       Formar jogadores e treinadores, transmitindo-lhes os valores comportamentais e o modelo de jogo que sempre caracterizaram o basquetebol do Algés.
·       Construir (ou reconstruir) o ambiente de trabalho, de dedicação, de orgulho e, por vezes, de sacrifício que possibilite a todos explorar ao máximo as suas capacidades e consequentemente conseguirmos atingir um nível de excelência na nossa prática competitiva.

OBJECTIVOS GERAIS

Queremos que nossos os jogadores:

A nível escolar:

·        Venham a ter o melhor aproveitamento escolar que seja possível, dadas as suas características e capacidades pessoais.
·       Que o basquetebol seja um incentivo e um incremento para que os jovens tenham bom aproveitamento escolar e que de modo nenhum seja um entrave ao seu sucesso na escola.
·       Criação de prémios para os atletas que venham a demonstrar aproveitamento escolar de excelência.

A nível pessoal:

·       Venham a ter uma formação ética, cívica e social que lhes permita um desempenho social e desportivo adequado, desenvolvendo a capacidade crítica e melhorando a competência intelectual.
·       Venham a ter uma formação equilibrada dos pontos de vista físico, morfológico e que possam desenvolver e optimizar as suas capacidades psicomotoras.
·       Venham a ter possibilidades de criar e desenvolver hábitos de trabalho, disciplina, companheirismo, superação e liderança.
·       Venham a ter a oportunidade, no seio da sua vida desportiva no clube, de aprender dos mais velhos e ensinar aos mais novos, através do exemplo, características comportamentais que ajudem a construir o carácter duma forma equilibrada e moralmente adequada.

A nível colectivo:
·       Venham a construir, manter e desenvolver um espírito colectivo de orgulho pelo clube na sua vertente do basquetebol e também na sua globalidade.
    ·       Venham a demonstrar uma conduta verbal, gestual e comportamental 
         correctas, de modo a servirem de exemplo dentro e fora do campo.

A nível desportivo:

·       Venham a sentir prazer na sua actividade e que desenvolvam ao máximo as suas capacidades para o jogo de basquetebol.

A nível do basquetebol:

·       Venham a dominar os fundamentos do jogo, adaptando-se e agindo com eficácia, imaginação e autonomia às diversas situações de jogo, desenvolvendo capacidades de análise, interpretação e resolução dos problemas individuais e colectivos.
·       Venham a dominar os conhecimentos teóricos e práticos relativos às leis e à táctica do jogo.
·       Venham a demonstrar e/ou a desenvolver comportamentos de ambição de melhoria técnica, táctica, física e psicológica.
·       Venham a desenvolver capacidades volitivas (carácter ganhador, espírito empreendedor, espírito de sacrifício, espírito de superação) e capacidades relacionais (capacidade de liderança e companheirismo).

A nível dos pais:

·        Paralelamente e ao nível dos jogadores mais novos gostaríamos que os pais acompanhassem e apoiassem a actividade desportiva dos seus filhos conhecendo e identificando-se com o espírito do basquetebol do Algés.
·       Gostaríamos, igualmente, que fosse possível obter dos pais uma participação mais empenhada na vida das equipas e sempre que possível no apoio ao trabalho burocrático e logístico.


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As características do Basquetebol do Algés, que eram depois manifestadas pelos seus jogadores, o que lhes dava um perfil muito próprio, eram apreciadas pelos restantes clubes e jogadores adversários.
Nas entrevistas que fizemos a jogadores dos anos 50 e 60 foi-nos referido que os jogadores do Algés e as suas equipas eram encaradas como adversários leais, com quem se gostava de jogar.
Segundo Fernando Brites, jogador do clube dos anos 50, as equipas de seniores do Algés tinham um relacionamento fora do jogo de grande simpatia e facilidade de comunicação com os adversários. Facilmente criavam, mantinham e manifestavam uma amizade com os jogadores das outras equipas
Esta ideia é confirmada por António Mota (jogador do clube do mesmo período) que afirma ser o Algés visto pelos outros clubes como uma equipa de jogadores bem comportados, respeitadores, educados e que conseguia estabelecer laços sociais com os restantes ultrapassando o facto de serem adversários nos jogos.
Por outro lado, embora o Algés não tivesse, em geral, preocupação pela captação de jogadores de outros clubes, acontecia por vezes que esses jogadores dirigiam-se ao clube com o desejo de integrar as suas equipas, procurando integrar esse grupo e viver por dentro aquilo que suspeitavam ser uma mundo basquetebolístico especial.
Segundo os jogadores entrevistados dos anos 50, foi afirmado que o Algés era um clube olhado de forma especial pelos adversários, havendo muitas afirmações desses jogadores que referiam terem sabido do interesse de adversários que gostavam de vir jogar para o Algés pelo ambiente alegre e afetivo e educado que caracterizava o comportamento dos jogadores
 
Os jogos com o Algés eram sempre jogos muito apreciados pelos adversários intervenientes
Esta característica manteve-se e voltou a verificar-se nos anos 60 e 70 sendo de referir alguns jogadores que quiseram experimentar a equipa do Algés e alguns transferiram-se mesmo para o clube, sem que o Algés tenha feito alguma intervenção para que tal se conseguisse.

Como exemplo desta visão feita do exterior, vejamos o que afirma um desses jogadores (Artur Torres Pereira) proveniente do CDUL, que na época 71/72 quis integrar as equipas do Algés.

 

(Pivot, dezembro 1991)

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Em 2001/2002 encontrámos um outro documento da Secção de Basquetebol, com um código de valores para os seus jogadores e treinadores, que comprova, mais uma vez, as preocupações do clube nesta matéria.
 


CÓDIGO DE VALORES

E COMPORTAMENTOS

DO BASQUETEBOL DO SPORT  ALGÉS E DAFUNDO

2001-2002

Todo participante numa actividade desportiva, deve competir dando sempre o melhor de si, e das suas capacidades, tendo presente sempre o espírito do jogo e da competição.

OBJECTIVO- Todos os atletas do basquetebol do Algés (do mini aos seniores), são convidados a aderir ao presente código.

 
ATLETAS....

·       DESPORTIVISMO é a primeira prioridade do atleta

·       Participar por amor e por prazer pelo jogo

·      Respeitar os esforços e as realizações dos vossos companheiros e adversários.

·       Respeitar os árbitros, treinadores e espectadores.

·       Respeitar as instalações que visitam.

·       Respeitar as regras do jogo.

 
Por sua vez o treinador deve ser um líder. O treinador deve encorajar e motivar os atletas, para estes alcançarem o máximo do seu potencial. O treinador deve colocar todos os seus conhecimentos, ao serviço dos seus atleta, para estes atingirem o máximo potencial das suas qualidades pessoais, atléticas e académicas. O treinador deve ensinar e praticar cooperação e disciplina individual

 
 OBJECTIVO- Todos os treinadores do basquetebol do Algés (do mini aos seniores), são convidados a aderir ao presente código.

TREINADORES....

·       Serem um modelo na defesa do código de valores e comportamentos do basquetebol do Algés.

·       Serem líderes, com uma influência positiva sobre os atletas, espectadores e pais. 

·        Devem recompensar o esforço, o desportivismo e a entrega.

·        Demonstrar respeito por todas as pessoas envolvidas no jogo.

·        Considerar sempre o bem estar físico e emocional dos atletas.

·        Comunicar de maneira positiva e racional.

·        Tentar sempre contribuir para a melhoria do jogo.


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Já no século XXI, a Secção de Basquetebol do Sport Algés e Dafundo criou alguns prémios , que durante alguns anos  foram atribuídos e que tinham uma forte componente pedagógica, indo, alguns deles, para além do simples sucesso desportivo.

 
  INICIATIVAS da SECÇÃO DE BASQUETEBOL 
2001/2002

·     “100%”Premeia os mais assíduos

·        “ATLETA/ESTUDANTE” – Premeia os melhores alunos

·        “O LANÇADOR”Destaca os melhores no lance livre, por equipas

·        “CÓDIGO DE VALORES E COMPORTAMENTOS”Para todo o basquetebol do Algés

·        “MVP”Para o(a) melhor Senior  (Masculino e Feminino)

·        “REVELAÇÃO”Para as equipas de  formação (masc. e fem.)

·        “DEDICAÇÃO”.- Premeia  a dedicação ao clube!

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Numa entrevista à revista Basket (cuja data não possuímos mas que reportamos aos anos 90 do século passado), dirigente e coordenador do basquetebol do Algés dão provas da presença destes princípios e destes valores na vida do clube.

 


 
 

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Numa reportagem feita pela Gazeta dos Desportos sobre o SAD, a secção de Basquetebol e a equipa de seniores femininos, encontramos várias passagens reveladoras de como o clube era encarado do exterior e de que maneira os valores e os princípios fundamentais da Secção de Basquetebol do Clube estão presentes.

(Gazeta dos Desportos, 30 Novembro 1990)

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Os documentos do clube, os boletins da Secção e os jornais internos que foram sendo criados, eram escritos por vários colaboradores, todos eles defendendo uma prática desportiva diferente, educadora, em que acima da modalidade em si estivesse sempre o ser humano que a praticava. É o caso desta colaboração feita em 1957 no Boletim do SAD, por Carlos Alberto Gonçalves.

 
(Boletim SAD; anos 50 – data desconhecida)

Esta postura especial do Algés era reconhecida por outras entidades e pessoas do desporto, como foi o caso de José Esteves que numa declaração feita em Aveiro, foi depois citado no boletim do Algés .



(Boletim SAD; anos 50 – data desconhecida)


De qualquer modo, são os documentos internos aqueles que revelam melhor as características e as principais preocupações do Basquetebol do SAD. É o caso de um regulamento interno da Secção de Basquetebol relativo a época 2011/2012, onde estão expressos alguns dos valores e dos princípios do clube.



ESCOLA DE BASQUETEBOL
2011/2012


REGULAMENTO INTERNO
(CONTRATO DE CONFIANÇA)

ATITUDES & COMPORTAMENTOS

þ        DISCIPLINA - dar exemplo dentro e fora do campo
þ        VONTADE de ser melhor individualmente e colectivamente
þ        HUMILDADE de reconhecer os erros
þ        ORGULHO de pertencer a uma equipa e ao clube
þ       RESPEITO por todos os elementos do jogo (treinadores, seccionistas, adversários, colegas, árbitros, oficiais de mesa e público

REGRAS
FALTAS & ATRASOS
þ        A presença nos treinos deve ser entendida não só como assistência e pontualidade, mas também como realização de todas as tarefas propostas pelos treinadores, dando o esforço físico e mental necessário para conseguir aproveitar ao máximo as actividades realizadas.
þ        Avisar antecipadamente o treinador em caso de falta e qual o motivo da mesma.

UTILIZAÇÃO DE BALNEÁRIOS
þ        Preservar todo o equipamento;
þ        Deixar a roupa arrumada, evitando ocupar demasiado espaço;
þ        Não deixar valores no balneário. Entregar ao treinador que os devolve no final do treino.
þ        Após treino/jogo aconselhável tomar banho e mudar de roupa;
þ        Usar chinelos durante o banho;
þ        Fechar as torneiras depois do banho;
þ        Deixar o balneário limpo;
þ        Trocar a roupa e os ténis/botas após o treino

TREINOS
þ        Os treinos começam à hora e na presença do Treinador;
þ        Cumprimentar os Treinadores e Colegas de equipa;
þ        Treinar com roupa desportiva e calçado apropriado;
þ        Trazer as botas/ténis limpos, de preferência diferentes daqueles que trazem do exterior;
þ        Utilizar um bebedouro/garrafa de água individual e identificado para beber água;
þ        Totalmente proibido o uso de colares, pulseiras, relógios ou outros objectos que possam causar danos ao próprio e aos companheiros;
þ        Obrigatório uso elástico para prender o cabelo;
þ        Chegar um pouco antes da hora do treino para ter tempo para se equipar com tranquilidade;
þ        Ao sinal do Treinador todos correm ao centro;
þ        Quando alguém fala, todos escutam. Não batem bolas.
þ        No final do treino/jogo arrumar as Bolas;
þ        Pedir autorização para entrar e sair do campo em todos os momentos.
þ        Mostrar interesse e empenho nas actividades. Os jovens devem ter uma mentalidade que lhes permita algo mais do que estar no treino. Temos de criar uma disciplina de trabalho que os leve a terem uma atitude mental determinada. Devem estar implicados nas tarefas, ouvindo o que lhes transmitimos. Devem também ser ouvidos para podermos ser cúmplices das suas dúvidas e problemas.
þ        Proibido comer ou mastigar pastilhas elásticas;
þ        Ao Treinador/Monitor chama-se pelo nome. Respeito e educação.
 
JOGOS
þ        A hora de concentração marcada pelo treinador é para ser respeitada;
þ        Levar Cartão de Identificação (BI, Cartão de Cidadão, Passaporte ou Título de Residência) ou cartão jogador;
þ        Toma conta do equipamento jogo (camisola, calções e fato de treino);
þ        Levar botas, meias e material banho;
þ        No caso de o balneário ficar fechado pode deixar a roupa arrumada evitando ocupar muito espaço;
þ        No caso de o balneário ficar aberto entregar tudo ao Treinador.
þ        O SAD não se responsabiliza por eventuais perdas de valores no caso de não serem cumpridos os pontos anteriores;
þ        O equipamento completo deverá ser devolvido ao Clube.
þ        Recomenda-se que todos os jovens levem uma “T-Shirt” identificativa do Clube. Devemos dar uma imagem correcta do Clube que representamos. A imagem é outro factor muito importante. Estamos a representar um Clube e a imagem que damos é a imagem que fica do mesmo.
þ        Todos os elementos da equipa devem estar no campo 30 minutos antes do jogo. Estabelecer uma rotina.
þ        Desde a chegada ao campo do jogo até ao final da sessão (duche) os jovens ficam fora do controle familiar e passam para as mãos da equipa técnica.
þ        O vestuário e o banco dos suplentes têm de ficar em bom estado para poder ser utilizado por outras equipas, tanto em nossa casa como na casa do adversário;
þ        Dar boa imagem do clube. Comportamentos correctos.
þ        Não permitir qualquer atitude de falta de educação para companheiros, adversários, público ou outros elementos. O respeito aos companheiros e treinadores é algo inerente à prática desportiva, mas temos de alargar este conceito a todos: pais, jogadores de outras equipas, árbitros etc. O respeito está directamente ligado ao desportivismo que deve reinar em todos os jogos que disputamos. Não serão toleradas condutas menos próprias.
þ        Os jogadores do banco devem ter uma atitude positiva em relação ao jogo e aos companheiros;
þ        Não podem abandonar o banco;
þ        No banco apenas se sentam os componentes da equipa. Não se sentam os amigos ou a família.

DESLOCAÇÕES
þ       Nas deslocações com transporte os atletas saem juntos do Algés e regressam juntos para Algés, salvo algum caso devidamente autorizado pelos Treinadores/Dirigentes.
þ        Os transportes devem ficar limpos após a sua utilização;
þ        Não é permitido comer nos transportes.



ESCOLA DE BASQUETEBOL
2011/2012

REGULAMENTO INTERNO
(CONTRATO DE CONFIANÇA)


Nome Jogador: ______________________________________________________

Jogador
Comprometo-me a cumprir na íntegra todas as regras estipuladas no Regulamento Interno.

Data: ____/___/___       Assinatura: _______________________

Encarregado de Educação
Tomei conhecimento do conteúdo do Regulamento Interno e comprometo-me a criar as condições para o meu educando o cumprir

Data: ____/___/___       Assinatura: _______________________

Sport Algés e Dafundo

Data: ____/___/___       Assinatura e Carimbo: _______________________

 
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No documento do programa das 24 h do basquete – 93-94 – surgia o seguinte decálogo para os jogadores do clube.

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PARTICIPAÇÃO DOS JOGADORES E DOS TREINADORES  NAS INICIATIVAS DA SECÇÃO

Para além da envolvimento nas iniciativas levadas a cabo pela Secção, os jogadores foram sempre chamados a terem uma participação consciente na prática da modalidade, tanto desenvolvendo o seu espírito de colaboração na criação de melhores condições para a vida do clube, nas várias iniciativas levadas a cabo, como ainda na forma como participavam nos jogos, procurando sempre que essa participação tivesse uma componente crítica e de reflexão

É esta postura que se pode encontrar, por exemplo, na secção do Bola ao Cesto a que se deu o nome de O JOGO VISTO POR DENTRO, em que um jogador escrevia sobre a sua visão como tinha decorrido um jogo em que participara.

 

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PRÁTICA AO AR LIVRE
O Sport Algés e Dafundo foi dos clubes portugueses que prolongou até mais tarde a actividade ao ar livre como solução para o treino dos seus jogadores, solução esta que ainda hoje perdura (Junho de 2016), no campo Carlos Teigas, integrado no edifício sede do clube.
Não temos dúvidas em afirmar que esta medida (que manteve até tarde o campo da Rua de Olivença e que ainda hoje utiliza o campo da piscina) teve um contributo importante para a presença de um número tão elevado de jogadores e jogadoras e das correspondentes equipas, que hoje continua a caracterizar o Algés.
Se no passado os campos eram praticamente todos ao ar livre , apenas se distinguindo no piso e no embelezamento exterior que cada clube lhes dava, hoje, sendo, sem dúvida, o basquetebol um jogo de sala (recinto coberto) esta insistência do clube na realização de treinos ao ar livre é a condição essencial para uma prática mais alargada.
As más condições atmosféricas que necessariamente perturbam a qualidade do trabalho feito, não são assim tão frequentes nem tão exageradas (na zona de Lisboa) que impeçam a regular utilização dos campos numa percentagem muito elevada dos treinos previstos.
As condições de Portugal permitem uma prática ao ar livre sem muitas perdas. Por época podem ser anulados 4-5 treinos por época (dados de um treinador do clube – anos 70-80) o que não deixa de valorizar os mais de 120 treinos que, mesmo assim, é possível realizar.
Reconhece-se que a qualidade do trabalho é inferior e que se houver um recinto coberto os atletas beneficiam de melhores condições de treino. Porém, é preciso analisar a situação levando em conta a oferta existente destes recintos, a facilidade do seu acesso e as condições financeiras que o clube vive e que poderia levar à eliminação de equipas.
Entre esta possibilidade e a continuidade da actividade, a decisão não se apresenta difícil.
Estamos assim perante uma característica do basquetebol do Algés que, face às condições de oferta e às possibilidades existentes, vai ser necessário prolongar.
Durante muitos anos era dos poucos clubes (talvez o único) que manteve 2 campos ao ar livre para treino das suas equipas.
Nos dias de chuva mais intensa, ou quando não era possível realizar o treino por causa das condições adversas, era colocada à prova a criatividade do treinador, ao encontrar uma solução para a utilização do tempo de treino em benefício da equipa.
Mas o jogo ao ar livre tinha algumas limitações, sobretudo quando se tratava de jogos oficiais.
São várias as referências que encontramos na imprensa de então às más condições de vento e chuva que perturbavam os jogos. Nas conversas efetuadas com antigos jogadores (Fernando Brites) foi referido até um caso de uma vitória do Algés por 2-1, dois pontos marcados em lance livre por Antonio Mota, pois a chuva era tanta e o piso (mosaico) estava tão escorregadio que os jogadores não conseguiam deslocar-se, evitando assim os mais que certos acidentes, que podiam ser graves.
Por vezes, para minimizar estas condições tão adversas, os treinadores “inventavam” soluções especiais. Foi-nos recordado que o uso de sapatos com sola de corda foi em alguns momentos, solução inovadora que trouxe vantagem às equipas do Algés.
O vento nos lançamentos trazia uma influencia impossível de calcular e considerar. Nos lances livres foi-nos dito que, em certos casos, se chegava a atirar ao ar pequenas porções de terra (campos de terra batida), ou algum bocado de erva que existisse por perto, de forma a verificar a direção e intensidade do vento.

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COMPONENTE SOCIAL DO CLUBE

Se os clubes possuem sempre uma função social a cumprir, colocando-se ao serviço de uma população associada que o rodeia, o Algés sempre desempenhou bem esta função, prestando um serviço inigualável a todos os que integravam as suas equipas.
O campo da Rua de Olivença, a sede do clube, o espaço da Secção de Basquetebol (em alguns anos um espaço aberto e de ocupação pelos jogadores do clube) complementava a vida das equipas nesta função de integração e aglutinação dos jovens que aderiam ao basquetebol.
Laços que se criam entre os jogadores e os treinadores de equipas perduram mesmo hoje, anos passados da sua vida no clube, sendo frequente haver encontros periódicos dos seus membros, para “matar saudades” e reviver o passado comum no clube.
O facto do Algés possuir equipas dos dois géneros é um elemento que favorece e mobiliza essa socialização.
O Algés era uma referência de localização dos jovens. Em casa dizia-se: “Vou para o Algés”. E os pais sabiam onde podiam encontrar os seus filhos nas horas habituais.
Para quem vinha do trabalho ou da escola, ao fim da tarde, o Algés era ponto de passagem obrigatório. Local de encontro com amigos e de actividade que se observava. 
 
Citar um artigo do jornal Record de 25 de Março de 2001, numa reportagem sobre o clube
“Talvez um dia, um estudo na área da sociologia desportiva desvende alguns dos mistérios do Sport Algés e Dafundo (SAD): como conseguiu, ao longo das décadas, ser tão eclético? Como logrou reunir tantas e tão destacadas figuras do desporto português? Como sobreviveu (no verdadeiro sentido da palavra) às constantes dificuldades, essencialmente económicas, que fizeram perigar daquele que é, sem dúvida, um dos mais ecléticos clubes nacionais? Talvez a resposta se resuma a uma palavra igualmente insondável: mística"

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A verdade é que, ao longo de gerações, o clube foi sempre um verdadeiro centro social e desportivo, que aglutinou à sua volta uma população de áreas diferentes de Lisboa, mas essencialmente de Algés e depois, de duas linhas de propagação: Linha do Estoril e Linda-a-Velha, Carnaxide e depois Miraflores


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AS CLAQUES DOS JOGOS DE SENIORES

Ao longo da sua história, muito em função dos resultados que iam sendo alcançados e do nível de competição em que a equipa se encontrava, o Algés foi tendo um conjunto de acompanhantes como diferentes características.
Os locais variaram de época para época, mas no geral, os principais locais onde estes jogos se realizavam era o Pavilhão dos Desportos (anos 50-60), o ginásio do Técnico (anos 60), o Pavilhão da Ajuda (anos 70 e 80), a Liga de Algés (anos 80) e finalmente o Pavilhão Arquiteto Gomes Pereira, no edifício da sede do clube.
Quando os jogos eram feitos ao ar livre (anos iniciais do basquetebol no clube) os recintos dos jogos em casa eram a Liga de Algés e depois o campo da Rua de Olivença.
Antes disso, nos outros locais onde o Algés jogou, a afluência era por vezes grande mais pela curiosidade do jogo do que propriamente por haver adeptos do clube e da equipa.
Como sempre, tudo começa com grupos de familiares e amigos que acompanham os jogadores seja onde for que eles jogam. Era esta a origem principal que se encontrava nos anos 50, de acordo com as informações que recolhemos.
Este facto permitia que a relação entre acompanhantes e jogadores fosse muito próxima. É esta situação que, tal como referiu Fernando Bicho (jogador do Algés dos anos 50), levou a que após a vitória no campeonato nacional da 2ª divisão em 59/60, cada jogador campeão, dias após o regresso a casa, ter recebido, feito pelas “senhoras” que acompanhavam a equipa, uma camisola de lã (pull-over) feita pelas próprias, ou à mão, ou nas máquinas de tricotar que então estavam muito em voga. 
Mais tarde, quando dos jogos na Ajuda e a presença tanto na divisão de Honra de Lisboa como no Nacional da 1ª Divisão, as 6ªs feiras à noite (ABL) e os sábados e domingos (campeonato nacional) criavam bastante entusiasmo e podemos mesmo falar em verdadeiros adeptos que apoiavam a equipa nos jogos dos seniores masculinos. O facto da equipa estar a competir no patamar mais elevado do basquete nacional, as características dos adversários que eram os mais fortes do país, faziam aumentar a adesão destes adeptos.
Este grupo de adeptos, onde estavam pessoas de Algés cuja ligação ao basquete era apenas por verem a equipa jogar, tinha também como presença certa e em grande número, os jogadores e jogadoras do clube, das outras categorias, o que constitui um sinal característico das claques que o Algés teve ao longo dos tempos.
Por essa razão, os acompanhantes do clube eram adeptos conhecedores no que às regras diz respeito e na apreciação das boas jogadas das nossas equipas e dos adversários.
E este entusiasmo e o volume da sua presença não diminuía quando, ocasionalmente, o jogo do Algés era transmitido na RTP, o único canal de televisão então existente, com os comentários tão característicos do professor João Coutinho.
 
Por vezes a importância dos jogos levava a uma mobilização especial, como foi o caso de um jogo com o Boa Hora em 54/55:

 

(folheto promocional impresso em 2/março/1955)

O Boletim do SAD abria o seu espaço para alguns textos de elementos dessas claques para comentar a forma como tinham sido acompanhados alguns jogos mais especiais.

(Boletim SAD,1960)
 

(Boletim SAD,1959)

 
Em 1996/97, no boletim Bola ao Cesto, surge uma referência a uma forma de apoio mais organizada – a claque “OS ULTRALGÉS”, que desempenhou a sua função de apoio e motivação dos intervenientes de forma agradável, ao que nos referiram, criando no Pavilhão do SAD um ambiente de maior entusiasmo e alegria.


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FAMILIAS NO BASQUETEBOL DO ALGÉS
Pensámos que seria interessante integrar neste bloco em que quisemos tocar em alguns aspectos da função social do basquetebol do clube e das suas estruturas, uma brevíssima abordagem da presença das famílias na vida do clube
Sabemos o esforço que sempre é feito pelos familiares para apoiarem e acompanharem a vida dos rapazes e raparigas que praticam o basquetebol no SAD. Diariamente este esforço tem sinais da sua expressão e a colaboração de pais, avós e outros familiares são um factor muito importante que sustenta a actividade do basquetebol no clube
Mas ao mesmo tempo o clube responde  a esse apoio oferecendo uma prática que os jovens aderem e de que gostam, contribuindo ainda para a vida das famílias que, em diferentes dimensões, usufruem dessa mesma actividade
Quisemos por isso verificar e assinalar as famílias que tiveram, ou ainda têm, vários irmãos e irmãs a praticar basquetebol no SAD.



(irmãos Cardoso, irmãos Ferreira e irmãos Westenfeld)
 
Naturalmente que pedimos ajuda a todos os que souberam desta iniciativa  e recorremos a muitos contactos para termos este breve capitulo no trabalho.
Pensámos assinalar pais e filhos. Colocámos a possibilidade de abrir o conceito de familiar um pouco mais para chegar a outros graus de parentesco.
Mas decidimos ficar pelos irmãos (e irmãs) e referir as famílias assim representadas no basquetebol do Algés.
Depressa chegámos ao número de 3 irmãos como o mínimo a considerar, a fim de que a lista a incluir não fosse excessivamente numerosa.
E obtivemos as seguintes referências, da lista de dados que nos indicaram e a que conseguimos chegar:

4 irmãos

1.   Gervásio Leite (José, João, Francisco e Madalena)
2.   Henriques (Nádia, Vanessa, Miguel e Ricardo)
3.   Leitão (Sofia, Miguel, Teresa e Pedro)
4.   Cardosos (João, Carlos, Jorge e Mané)

3 irmãos

1.   Lima Carvalho (Nuno, Aurora e Pedro)
2.   Coutinho (José João, Susana e Leonor)
3.   Sampaio (Mário, Fernando e Susana)
4.   Rocha (Eduardo, Vitor e Luísa)
5.   Barroca (Miguel, Sara e Nuno)
6.   Realista (Miguel, Rodrigo e Tomás)
7.   Simões (Filipe, António e Francisco)
8.   Stratoudakis (Miguel, André e Filipe)

9. Monteiro (Bruno, Daniel e Eduardo)

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RIVALIDADE BASQUETEBOL-NATAÇÃO
 
A rivalidade entre o Basquetebol e a Natação, a vida do Sport Algés e Dafundo, é um fenómeno a que não podemos fugir e que, desde sempre foi sendo alimentado por qualquer das partes envolvidas. 
 
Poderá alargar-se este cenário às restantes modalidades ao termos de reconhecer que, depois da fundação do clube feita por causa do Futebol, depressa o Algés passou a ser olhado e reconhecido (até pelo que as suas decisões internas oficializavam) como um clube de Natação
 
Esta evidência sempre foi olhada de soslaio pelas restantes modalidades mas iremos ficar apenas naquilo que diz respeito ao basquetebol
 
Efectivamente, atletas, dirigentes e treinadores da Secção de Basquetebol sempre foram sentido e vivendo momentos em que parecia existir da parte de que dirige o clube alguma preferência e, mesmo que apenas de forma implícita, o facto de estarmos num clube desde o primeiro ano criado para ser um clube de Natação, causava algum desconforto em certas situações.
Não se trata de algo recente. Bem pelo contrário. Podemos dizer que a força e a expansão que o Basquetebol conseguiu foram suficientes para fazer diminuir essa postura.
 
Já nos anos 50, dois artigos publicados no Boletim do SAD, que a seguir transcrevemos, mostravam a existência desse confronto e o mal-estar que causava nas pessoas do Basquetebol



(Boletim SAD, 1953)
 

(Boletim SAD, 1959)
O aparecimento do Basquetebol no clube durante muitos anos teve uma versão toda ela criada neste cenário: destinava-se a que os nadadores pudessem ter actividade no período de inverno. 

O trabalho a que pusemos mão permitiu aceder a documentação desses tempos iniciais e constatar que a vida da modalidade Basquetebol no clube surgiu por si mesmo, pelas suas características e a pensar nos sócios do clube, entre os quais se encontravam naturalmente os nadadores.

Não se tratou de uma decisão parcial, ao que nos dizem os dirigentes da secção de Basquetebol daquele tempo, tal como se pode verificar numa reportagem sobre o Algés publicada no jornal Os Sports no dia 16 de junho de 1933, de que transcrevemos a parte relativa ao aparecimento do Basquetebol no SAD.
 
(Os Sports, 16 de Junho de 1933)
 
Os documentos oficiais do clube faziam igualmente referência a essa rivalidade, por vezes de uma forma algo agressiva e melindrosa.
Eis um texto que foi publicado no relatório da secção de basquetebol de 1952, que ainda deixa transparecer as dificuldades de convivência das duas modalidades no clube, mas que, para além disso, deve ser encarado no momento em que foi escrito – após 1952 – ano cujos resultados no Basquetebol levaram a que seja considerado o ano de ouro da modalidade até àquela altura:
 
“O Basquetebol no Algés ganhou fortes raízes e profundos alicerces, num clube inicialmente criado para a prática da natação. Vai longe o tempo em que, por muitos, o Basquetebol era tido no Algés como uma praga que urgia eliminar, pois, diziam, só fazia mal à natação. O tempo veio demonstrar que quem assim falava não tinha razão, tendo sido ainda confirmado lugar da modalidade por técnicos de reputada competência e alguns casos ocorridos”.
“Presentemente tem-se pois a noção de que a prática do basquetebol, efetuada metódica e disciplinadamente, não pode prejudicar (pelo contrário) só deve beneficiar a prática da natação”.
Firmado pois definitivamente no SAD, o Basquetebol constitui actualmente uma modalidade que honra e prestigia o Clube”.
Mas esta rivalidade (que nem sempre se sentia no dia a dia, havendo mesmo entre os praticantes um convívio bem saudável) não tem razão de ser, e a sua existência tem raízes pouco profundas, como se pode comprovar pelo elevado número de jogadores de basquetebol que foram igualmente nadadores e que, durante muitos anos, realizaram as duas dimensões desportivas no mesmo clube, embora seja bom recordar que esta simultaneidade não era temporal, pois inicialmente as actividades de cada uma das modalidades decorria sequencialmente, ou seja, basquete no inverno e natação no verão. Quando era necessário tomar uma decisão radical (ou uma, ou outra) os atletas seguiam as suas preferências e as suas maiores aptidões.
Eis alguns nomes de praticantes que beneficiaram de terem podido praticar natação e basquetebol no Sport Algés e Dafundo: Máximo Couto, Afonso Gonçalves, Vasco Dias Pereira, Vasco Carrelhas, Eurico Surgey, António Bessone Basto, Santa Bárbara, Eurico Perdigão, José António Sacadura, Luis Vaz Jorge, Eduardo Carvalhosa, Ezequiel Neves, Mário Bairrada, José Luis Almeida, Jorge Adelino, Maúcha Pessoa Duarte, Manuela Nunes.
 
Como se pode verificar trata-se de pessoas mais antigas. A partir do momento que foi implantada a especialização de cada uma das modalidades, estas dupla participação deixou de poder existir.
 
Mas a rivalidade manteve-se!
Nas entrevistas que fizemos foi-nos referido que, por vezes, uma das coisas concretas que alimentava esta situação, era o diferente comportamento das organizações desportivas na Natação e no Basquetebol, sendo frequente os nadadores receberem medalhas do clube, principal organizador de provas, após cada competição, ao passo que os jogadores do basquetebol nunca conseguiam alcançar esse reconhecimento.
Outras pessoas perguntavam quantos presidentes teve o Algés que estivessem ligados ao Basquetebol. Quais foram os Presidentes da assembleia-Geral que tinha o seu passado desportivo ligado ao Basquetebol
 
Se estas respostas são inequívocas, é também evidente que o Sport algés e Dafundo era olhado, mesmo no basquetebol, como clube de natação, sendo os seus jogadores frequentemente apelidados de “nadadores ou nadadoras” nos comentários e relatos da comunicação social aos jogos das nossas equipas, ou então, os comentários feitos aos jogos revelavam de forma inequívoca essa imagem do clube.




 
 
 
Em resumo diremos que esta rivalidade inicialmente teve a sua razão de ser (o basquetebol surgiu num clube que estava vocacionado estatutariamente para a Natação), mas depois, pouco a pouco, ano após ano, fruto dos sucessos e da implantação alcançada, não tem mais razão para existir, devendo ser olhadas por quem dirige o clube como dois membros da mesma família que merecem ter o seu próprio lugar.

 
 


 





 

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